![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOh_au_EpvBXaneJjKhBs5j7wrEKd55vo7u1OShxvkUbJOcRzgPvFa-jdVENj-KUjZ994-4kHpTOaWbnLNs5fjxe98-cSsbBV3nfFKJhYMV0yci3pE7cfZTXMfdv4xme7WlYP3cHqJe2pA/s320/clarice_lispector.jpg)
Toda a minha matéria
Me ponho no papel
Me dou
Como quem salva uma vida
Meu poema possui a minha cor
Tão claro para que possa ser visível
Minhas veias, meu sangue
Meus poros, meus pêlos
Meu poema possui minha cara
Meu momento sem máscara
A urgência do sentimento
O excesso das minhas palavras
Meu poema é cínico
É paradoxal e inconstante
Amoroso ou gritante
Discreto ou impudico
Engajado em mim
Meu poema fala
Berra
Cala
Passionalmente vivo
Sem sentido
Sem indício de perfeição
Meu poema sou eu
Leia-me.
[Na foto, a minha amada Clarice. Não precisa ter porquê.]
Xu! Sem palavras!
ResponderExcluirMUITO bom mesmo!!
Ficou...brutal! =P
Sem palavras!
"Engajado em mim"
ResponderExcluirLindo, Fernanda. De verdade :)